A biópsia de próstata guiada por ressonância
Nova tecnologia pode auxiliar na identificação do câncer de próstata.
Rotineiramente, homens com suspeita de câncer de próstata, embasada em níveis elevados de PSA no sangue ou em alterações no toque retal, são submetidos à biópsia da glândula guiada pela ultrassonografia transretal (USGTR), na qual dez a doze amostras randomizadas de tecido prostático são obtidas para estudo.
Apesar desta ser uma conduta bem estabelecida, pode estar associada tanto a um subdiagnóstico de neoplasias de alto grau (clinicamente significantes) quanto a um superdiagnóstico de lesões de baixo grau (com pouca relevância clínica). Nesse cenário, doenças mais agressivas podem não ser oportunamente identificadas, assim como pacientes com tumores de baixo risco de progressão podem receber tratamentos por vezes desnecessários.
Em maio de 2018, um trabalho publicado no New England Journal of Medicine trouxe mais discussão a esse tema e reforçou o uso da ressonância magnética multiparamétrica da próstata (RMMP) como recurso no diagnóstico desse tipo de câncer. O estudo propôs a utilização desse exame de imagem como um teste de triagem, evitando, portanto, uma biópsia se nenhuma alteração for evidenciada e auxiliando a determinar as áreas da glândula que devem ser submetidas ao procedimento quando alterações suspeitas são detectadas.
A pesquisa, que contou com a participação de diversos centros médicos, avaliou, de forma prospectiva, 500 pacientes com suspeita clínica de câncer de próstata, mas que ainda não haviam realizado biópsias. Os homens que participaram do estudo foram, então, divididos, de forma randomizada, em dois grupos. O grupo 1 foi submetido à RMMP e, de acordo com os resultados da imagem, procedia-se ou não à biópsia das áreas direcionadas por esse exame. Já para o grupo 2, foi realizada a biópsia guiada pela USGTR, obtendo-se de dez a doze amostras randomizadas de tecido da próstata para avaliação.
O estudo mostrou que a estratégia de abordagem desses pacientes usando a RMMP não foi inferior à biópsia guiada pela USGTR, com hipótese, ainda, de ter apresentado uma melhor performance, uma vez que identificou um câncer clinicamente importante em 38% dos homens do grupo 1, enquanto 26% dos pacientes do grupo 2 receberam um diagnóstico de tumor significante. Ademais, a porcentagem de detecção de doença sem significado clínico foi menor no grupo 1.
Diante dos resultados, o trabalho concluiu que o uso da RMMP na avaliação de pacientes com suspeita de tumor de próstata antes da realização da biópsia, assim como a realização da biópsia guiada pela RMMP quando evidenciadas alterações foram superiores ao procedimento padrão. Contudo, o estudo também apresenta suas limitações e estimula que mais pesquisas sobre o tema sejam realizadas, uma vez que podem ter impacto na abordagem desses pacientes.
Biópsia de próstata por fusão de imagens – uma nova tecnologia disponível no Fleury
O Fleury oferece em sua rotina a biópsia transretal de próstata guiada por ultrassonografia e a ressonância magnética multiparamétrica para avaliação da glândula. Ademais, recentemente passou a disponibilizar uma nova técnica conhecida como biópsia de próstata por fusão de imagens. Tal tecnologia combina as imagens da RMMP com as da ultrassonografia em tempo real, proporcionando uma melhor avaliação das áreas suspeitas da glândula e aumentando a acurácia da biópsia e a precisão diagnóstica.
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