Fleury participa do projeto COVID-19 Data Sharing/BR
O COVID-19 Data Sharing/BR é uma plataforma que deve reunir dados clínicos de mais de 75 mil pacientes que fizeram o teste para o novo coronavírus.
Foi lançado no último dia 17 de junho pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) uma versão piloto do COVID-19 Data Sharing/BR, uma plataforma de dados abertos que deve contar com informações demográficas e de exames anonimizados de pacientes que fizeram testes para COVID-19 em unidades laboratoriais e hospitais do Estado de São Paulo.
A iniciativa foi realizada graças a uma parceria entre a instituição, o Grupo Fleury, a USP (Universidade de São Paulo) e hospitais paulistas como Sírio-Libanês e Albert Einstein. O objetivo é a criação de um repositório capaz de compartilhar os dados obtidos sobre os pacientes para que eles sejam utilizados em pesquisas futuras sobre a atual pandemia. Qualquer pessoa ou organização pode acessar a plataforma, desde que sua origem seja referenciada.
“A ideia central da plataforma é subsidiar a pesquisa científica sobre a COVID-19 ao compartilhar dados que não seriam disponibilizados de outra forma, de modo a mobilizar a comunidade de cientistas da computação, matemáticos e analistas de informações, para que possam contribuir com novas ideias para o enfrentamento da atual epidemia da doença” explicou Luiz Eugênio Mello, diretor científico da FAPESP.
Até o começo de julho, o repositório deve abrigar dados abertos e anonimizados de 75 mil pacientes, 6.500 dados de desfecho e um total de mais de 1,6 milhão de exames clínicos e laboratoriais disponibilizados pelo Grupo Fleury e pelos hospitais parceiros. “Se não fosse por essa iniciativa, essas informações permaneceriam dentro dos repositórios dessas instituições”, concluiu Mello.
A primeira etapa do repositório contará com três categorias de informação: dados demográficos (gênero, ano de nascimento e região de residência do paciente), dados de exames clínicos e de exames laboratoriais, além de informações sobre a movimentação do paciente (internações) e o desfecho dos casos. Em uma segunda etapa, o COVID-19 Data Sharing/BR abrigará também dados de imagens, como radiografias e tomografias. Por serem dados anonimizados, a identidade de todos os pacientes permanece oculta.
Os benefícios da iniciativa
Edgar Rizzatti, diretor-executivo médico do Grupo Fleury, revelou que o grupo já havia sido procurado para compartilhar seus dados desde o início da pandemia do novo coronavírus e que a iniciativa deve promover o desenvolvimento de soluções inovadoras por empreendedores de startups.
“Desde o início da pandemia temos sido procurados por startups, pesquisadores de universidades e instituições de pesquisa, em iniciativas isoladas ou em colaboração, interessados na disponibilização de dados anonimizados de pacientes com COVID-19 para o desenvolvimento de projetos de pesquisa ou para o desenvolvimento de estratégias em ciências de dados ou de algoritmos de inteligência artificial. Por isso, acredito que essa iniciativa pioneira permitirá um melhor entendimento da COVID-19” disse Rizzatti.
A mesma opinião é compartilhada por Luiz Fernando Lima Reis, diretor de ensino e pesquisa do Sírio-Libanês, que acredita que a comunidade científica agora poderá “ter acesso a dados que refletem a situação atual da epidemia de COVID-19 no Brasil e as características que a doença adquiriu no país, que só poderá ser combatida por meio de soluções baseadas em dados”.
O começo de uma ideia
A origem do repositório COVID-19 Data Sharing/BR surgiu há pouco mais de um mês e foi concretizada rapidamente graças a outro projeto lançado pela Fapesp no final de 2019, a Rede de Repositórios de Dados Científicos do Estado de São Paulo, que levou quase três anos para ser desenvolvida e deve abrigar os dados da plataforma.
O desenvolvimento da rede contou com a participação de seis instituições públicas de São Paulo – USP, Unicamp, UFSCar, UFABC, Unifesp e Unesp – o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e a Embrapa Informática Agropecuária (CNPTIA/Embrapa). Para Sylvio Canuto, pró-reitor de pesquisa da USP, o “compartilhamento de dados é essencial para enfrentar uma situação como a que estamos vivendo agora e que deverá ser perene”.
O conjunto inicial completo de dados da plataforma deverá estar disponível ao público a partir do dia 1º de julho. Para acessar a Rede de Repositórios de Dados Científicos do Estado de São Paulo clique aqui.
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