HackMed Conference & Health Hackathon: Saiba tudo o que aconteceu no evento

Entre os dias 31 de janeiro a 02 de fevereiro, profissionais e estudantes de diversas áreas se reuniram em São Paulo para participar da primeira edição da HackMed Conference & Health Hackathon. O evento, patrocinado pelo Grupo Fleury, teve duração de três dias e foi dividido em duas partes. Na primeira parte, especialistas nacionais e internacionais discutiram sobre empreendedorismo e inovação na área da saúde. Em seguida, deu-se início a um hackathon, competição focada no desenvolvimento de startups de saúde, que utilizou como base metodologia do MIT, um dos mais renomados centros de pesquisa e inovação do mundo.

Como a tecnologia pode revolucionar o setor de saúde

A conferência colocou em pauta como inovação e tecnologia estão mudando o setor de saúde, e qual o papel da iniciativa privada e da colaboração entre academia-indústria e do ecossistema de startups nesse processo.

Os especialistas presentes nos painéis discutiram o que as empresas do setor tem feito nesse sentido. Dr. Edgar Rizzatti, diretor executivo médico e técnico do Grupo Fleury, revelou que algoritmos de inteligência artificial, por exemplo, já estão sendo utilizados na rotina do Grupo. Dentre os exemplos, citou que o Fleury validou e está colocando em rotina a solução da startup israelense Aidoc para auxiliar os médicos no diagnóstico de embolia pulmonar e utiliza inteligência artificial para apoiar o diagnóstico de doenças isquêmicas do coração, algoritmo desenvolvido em parceria com a GE Healthcare. Esses algoritmos são capazes de realizar buscas nos resultados de exames laboratoriais e de imagem, combinam informações e assim podem indicar diagnósticos ao médico, agilizando o processo de laudo e direcionamento do paciente. Além disso, o Grupo também utiliza tecnologia para simplificar a experiência do médico e paciente, caso do Whatssapp Médico, solução que acaba de ser lançada pelo Fleury para consultoria médica e agendamento de exames.

Apesar da Inteligência Artificial estar no centro dos debates da HackMed, ela ainda enfrenta empecilhos no momento de ser devidamente inserida nos ambientes da saúde. Um desses problemas é a própria resistência dos médicos, que buscam sempre priorizar a segurança dos pacientes. “Precisamos criar espaços apartados para testar esse tipo de tecnologia, de modo que os médicos consigam errar até que consigam dominar esses novos equipamentos” explicou Chapchap. Além disso, levantar e abastecer dados para o treinamento das IA também não é uma tarefa tão simples. Em geral, são utilizados dados retirados de prontuários eletrônicos para isso, só que quando esses prontuários são erroneamente preenchidos, podem ocorrer erros de leitura que tornam os algoritmos ineficientes.

A Dra. Wanda C. Iwakami Caldana, gestora médica do Grupo Fleury que esteve presente no evento, ressaltou a importância do cuidado com os dados obtidos para o desenvolvimento das IA: “Cada companhia tem o bem mais valioso que são os dados internos, que no nosso caso são as informações dos pacientes. São estes dados que precisam ser focados, para que assim se possa extrair as melhores práticas que reflitam no benefício destes pacientes, melhorando a experiência, a segurança e eficiência do atendimento dentro das nossas unidades. Para isso, é preciso mergulhar em como usar estes dados usando a IA”.

Health Hackathon

Ao final da conferência, foi dada a largada para o Health Hackathon: competição para desenvolvimento de soluções para saúde, que segue metodologia do MIT. O auditório do Inrad, no Hospital das Clínicas, ficou lotado de um público diverso com muita energia, boas ideias e vontade de melhorar a saúde no Brasil. Médicos, engenheiros, designers, desenvolvedores, estudantes e outros profissionais a marcaram presença na competição. Para iniciar a aquecer os participantes, especialistas de inovação e do setor de saúde contextualizaram sobre os desafios e tendências do setor, e o time do MIT, um dos mais renomados centros de inovação e tecnologia do mundo, orientou os participantes sobre a metodologia da competição. Três grandes áreas foram definidas para a competição: saúde mental e cuidados cirúrgicos; atenção primária e telemedicina; terceira idade e reabilitação.

O desafio começou com os participantes fazendo um pitch de 1 minuto, onde apresentaram problemas relacionados a cada um dos temas. A partir daí, começaram a se formar equipes com o intuito de trabalharem em respostas para esses problemas ao longo do final de semana. Na tarde de domingo, os times apresentaram suas ideias e criações para uma banca de especialistas, que premiou e reconheceu as melhores soluções para cada uma das áreas definidas. O Dr. Bruno Aragão Rocha, médico do Grupo Fleury e participante do hackathon, aprovou a experiência: “Foram três dias intensos, de muito aprendizado sobre como abordar problemas e propor soluções. Recomendo demais a participação!”

A segunda edição do o HackMed Conference & Health Hackathon acontecerá em Março de 2021, e você pode acompanhar mais detalhes sobre o evento através da página oficial do Facebook: https://www.facebook.com/hackmed.br/