O exame de dosagem da interleucina 6
A dosagem da interleucina 6 é um exame que permite a identificação de estados inflamatórios violentos no organismo de forma simples e ágil.
Nosso sistema imunológico é o responsável pela defesa do nosso corpo contra agentes externos (como vírus, bactérias e fungos) e possui uma grande variedade de células dispersas por todo o organismo. Para que ocorra uma “troca de informações” entre as células desse sistema disperso espacialmente, são utilizadas diversas proteínas de pequeno tamanho que promovem a sinalização entre as várias células. É como se fosse um sistema de comunicação wireless. Chamamos de citocinas essas proteínas que promovem a comunicação entre as células.
A interleucina 6 (IL-6) é uma dessas citocinas e tem uma grande variedade de ações, dentro e fora do sistema imunológico. A IL-6 atua, por exemplo, nas células do fígado e estimula a produção de uma grande variedade de proteínas que causam um estado inflamatório geral. Isto é importante para auxiliar o organismo no combate a infecções e, em estados inflamatórios intensos é possível encontrar altos níveis de IL-6 no sangue.
Quando o processo inflamatório é muito violento pode haver malefícios para o organismo, algo que acontece, por exemplo, em casos graves de COVID-19. A dosagem dos níveis de IL-6 no sangue ajuda os médicos a identificarem casos inflamatórios intensos para que assim eles possam iniciar procedimentos terapêuticos específicos para o combate dessas inflamações.
Novo método de dosagem da IL-6
Recentemente, os laboratórios do Grupo Fleury implementaram a dosagem da IL-6 pelo método de eletroquimioluminescência. Tal metodologia utiliza um anticorpo específico para IL-6 que se liga a todas as moléculas da proteína presentes em uma amostra. Este anticorpo está marcado com biotina (mAb/B), que terá importante função mais tarde na reação. A seguir, incuba-se a amostra com outro anticorpo anti-IL-6 (mAb/R) marcado com complexo de rutênio, substância que emite luz sob exposição à corrente elétrica. Esse segundo anticorpo também se liga às moléculas de IL-6 presentes, originando um complexo mAb/B-IL-6-mAb/R. A seguir, acrescentam-se micropartículas revestidas de estreptavidina, substância que tem grande afinidade pela biotina. Assim, essas micropartículas capturarão todos os complexos mAb/B-IL-6-mAb/R. As micropartículas são aspiradas para a câmara de leitura, onde são fixadas magneticamente a um eletrodo que emitirá corrente elétrica, ocasionando a quimioluminescência de intensidade proporcional à concentração de IL-6 na amostra. A quimioluminescência é capturada e medida por um fotomultiplicador.
Este método é automatizado com os equipamentos disponíveis nas unidades do Fleury em hospitais, possibilitando logística simples e ágil, compatível com a entrega rápida dos resultados. Considerando que os pacientes geralmente encontram-se em estado crítico, esta é uma grande vantagem. Além disso, por serem realizados nos próprios laboratórios do Grupo, há uma redução significativa dos custos do exame.
A validação deste novo ensaio foi feita criteriosamente por uma equipe integrada de pesquisadores de P&D, assessores técnicos e assessores médicos da imunologia. Para tal, foram utilizadas amostras de pacientes com estado inflamatório grave e pessoas sadias. Também foram analisadas amostras estocadas para as quais já tínhamos o valor da concentração de IL-6 determinada em laboratório de referência.
Confira a seguir uma demonstração de como funciona o exame:
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