Setembro Dourado – a importância da conscientização sobre o câncer infantojuvenil

O câncer infantojuvenil compreende um grupo de doenças que pode acometer crianças e adolescentes e que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais. Com o objetivo de aumentar o conhecimento sobre esses quadros, foi criada a campanha Setembro Dourado, que reforça a importância do diagnóstico precoce para a promoção de um tratamento adequado.

Atualmente, o câncer infantojuvenil representa de 1% a 3% de todos os casos de câncer diagnosticados, sendo estimada, pelo Instituto Nacional de Câncer, o Inca, a ocorrência de 8.460 novos casos no nosso país, em 2020. No Brasil, assim como nos países desenvolvidos, o câncer já representa a primeira causa de morte por doença em crianças e adolescentes de 1 a 19 anos.

Embora possa ocorrer em qualquer local do organismo, o câncer infantojuvenil, diferentemente das neoplasias que atingem a população adulta, geralmente afeta as células do sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação. Na população pediátrica, os tipos mais frequentes são as leucemias, os tumores do sistema nervoso central e os linfomas.

Atualmente se sabe que as causas associadas ao câncer na infância são múltiplas e complexas. Entre os fatores de risco, pode-se citar os familiares, como ocorre, por exemplo, no retinoblastoma (quadro 1), a radiação ionizante e não ionizante, além da exposição a determinados medicamentos ou substâncias e a alguns tipos de vírus. Ademais, há síndromes genéticas que cursam com predisposição ao desenvolvimento de neoplasias, como a neurofibromatose (quadro 2).

O diagnóstico precoce é um dos fatores mais importantes para a evolução favorável do câncer infantojuvenil. Os sinais e sintomas desses quadros são geralmente inespecíficos e podem ser muito parecidos aos de outras doenças comuns na infância. Dessa forma, sempre que a criança apresentar alguma anormalidade, a avaliação pediátrica é fundamental.

Vale ressaltar que, nas últimas décadas, os avanços no tratamento do câncer na população pediátrica foram notáveis. Atualmente, cerca de 80% das crianças e adolescentes acometidos podem ser curados se diagnosticados precocemente. O tratamento requer um centro especializado e é definido individualmente, de acordo com as características do paciente, tipo de tumor e extensão da doença.

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