Análise proteômica e metabolômica integrada revela diferenças no metabolismo das células endoteliais sob diferentes estresses
Artigo científico analisou como células endoteliais apresentam resposta diferente relacionada ao metabolismo lipídico quando expostas as diferentes tensões exercidas pelo fluxo sanguíneo.
O artigo científico publicado com o título “Integrated proteomics and metabolomics analysis reveals differential lipid metabolism in human umbilical vein endothelial cells under high and low shear stress”, revelou que o metabolismo lipídico de células endoteliais (CEs) da veia umbilical apresenta resposta diferenciada dependendo da tensão de cisalhamento a qual é exposta, força naturalmente exercida pelo fluxo sanguíneo.
A tensão de cisalhamento é um tipo de força hemodinâmica que desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de doenças devido aos estresses e mudanças causados nas células endoteliais (CEs). Essas células, por sua vez, estão relacionadas ao desenvolvimento da placa aterosclerótica que se forma nas paredes das artérias e causa obstrução do fluxo sanguíneo.
CEs sob baixa tensão de cisalhamento apresentam maior resposta inflamatória, maior expressão de moléculas de adesão e aumento de permeabilidade celular. Por outro lado, células sob alta tensão de cisalhamento aumentam expressão de fatores de proteção e anti-inflamatórios.
Publicação científica
No estudo sobre essa relação entre as CEs e a tensão de cisalhamento, foi utilizado técnicas de proteômica e metabolômica para melhor compreender as mudanças nas células endoteliais da veia umbilical humana sob alta e baixa tensão de cisalhamento in vitro. Dessa forma, foi possível verificar como essas modificações podem estar conectadas ao desenvolvimento de doenças como a aterosclerose.
Os dados mostraram que o metabolismo lipídico, em especial o metabolismo do colesterol, foi prejudicado em células sob baixa tensão. O receptor da lipoproteína de baixa densidade apresentou alterações significativas tanto no nível de expressão, quanto em relação às modificações pós-traducionais.
Os dados encontrados sugerem que há modulação do metabolismo lipídico em células endoteliais sob diferentes intensidades de tensão de cisalhamento e que isso poderia contribuir para o desenvolvimento da aterosclerose.
Autores que participaram do trabalho
Fizeram parte deste importante estudo, a pesquisadora Karina Helena Morais Cardozo e o pesquisador Valdemir Melechco Carvalho, ambos do Fleury, ao lado de Gabriela Venturini, Alexandre da Costa Pereira, Francisco Rafael Laurindo, Jose Eduardo Krieger, Kallyandra Padilha, Leonardo Yuji Tanaka, Pamella Araujo Malagrino e Rafael Dariolli.
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O arquivo está disponível online, na íntegra, em inglês. Clique aqui e confira.
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