Como o estresse pode afetar a fertilidade masculina?
O estresse pode se manifestar de diversas formas e causar até mesmo a infertilidade masculina.
O estresse é um problema que afeta tanto jovens quanto idosos, e que pode influenciar a qualidade de vida de muitos. O dia 23 de setembro é considerado o Dia Mundial de Combate ao Estresse: a data busca conscientizar a população sobre a necessidade de cuidados com a saúde física e a saúde mental para evitar a exaustão.
O desequilíbrio físico e psicológico causado pelo estresse está associado a distúrbios de sono, dores de cabeça, fadiga, problemas cardiovasculares e até mesmo à infertilidade masculina. Este último efeito é o foco do artigo “Male Oxidative Stress Infertility (MOSI): Proposed Terminology and Clinical Practice Guidelines for Management of Idiopathic Male Infertility”, que busca avaliar como o estresse oxidativo pode afetar a fertilidade do homem, bem como sua necessidade de tratamento.
Evidências recentes sugerem que o estresse oxidativo (EO) está relacionado com a infertilidade masculina idiopática, na qual o homem tem as características do sêmen alteradas sem uma causa identificável. Cerca de 30% a 80% dos homens inférteis apresentam níveis elevados de radicais livres no líquido seminal, o que pode afetar negativamente a fertilidade por uma série de mecanismos, como o possível dano à membrana espermática e dano direto ao DNA, levando a fragmentação do material genético e uma piora da qualidade do espermatozoide. Desse modo, a avaliação adequada do potencial reprodutivo masculino deve incluir uma análise do estresse oxidativo no sêmen, seja por detecção direta de radicais livres no líquido seminal ou indireta, como a pesquisa da fragmentação do DNA espermático, exame disponível e desenvolvido pela equipe de pesquisa & desenvolvimento do Grupo Fleury e hoje um grande sucesso no portfólio da empresa.
Pesquisa científica
Os autores da pesquisa propõem o termo Infertilidade por Estresse Oxidativo Masculino (MOSI, em inglês) para designar casos de homens que apresentam sêmen ou estresse oxidativo anormais, incluindo muitos pacientes que foram previamente classificados como portadores de infertilidade masculina idiopática. O potencial de oxidação/redução é indicado como biomarcador para a classificação da MOSI, pois leva em consideração os níveis de oxidantes e redutores (antioxidantes) no sêmen.
A pesquisa ainda acredita que o desenvolvimento de um teste de fácil reprodução e de baixo custo para diagnóstico de MOSI, pode se colocar como um método bastante vantajoso para o tratamento da infertilidade masculina. Por fim, é recomendado que indivíduos que testarem positivo para MOSI sejam submetidos a exames mais extensos para identificar gatilhos tratáveis e serem aconselhados sobre as etapas apropriadas para mitigar as causas conhecidas do EO, que são, por exemplo, o tabagismo, consumo de álcool, sedentarismo, obesidade, radiação, uso de drogas, presença de varicocele (a principal causa de infertilidade masculina tratável) etc.
Autores e co-autores do trabalho
Daniel Suslik Zylbersztejn, médico do Fleury, fez parte deste importante estudo ao lado dos médicos e pesquisadores: Ashok Agarwal, Neel Parekh, Manesh Kumar Panner Selvam, Ralf Henkel, Rupin Shah,Sheryl T. Homa, Ranjith Ramasamy, Edmund Ko, Kelton Tremellen, Sandro Esteves, Ahmad Majzoub, Juan G. Alvarez, David K. Gardner, Channa N. Jayasena, Jonathan W. Ramsay, Chak-Lam Cho, Ramadan Saleh, Denny Sakkas, James M. Hotaling, Scott D. Lundy, Sarah Vij, Joel Marmar, Jaime Gosalvez, Edmund Sabanegh, Hyun Jun Park, Armand Zini, Parviz Kavoussi, Sava Micic, Ryan Smith, Gian Maria Busetto, Mustafa Emre Bakırcıoğlu, Gerhard Haidl, Giancarlo Balercia, Nicolás Garrido Puchalt, Moncef Ben-Khalifa, Nicholas Tadros, Jackson Kirkman-Browne, Sergey Moskovtsev, Xuefeng Huang, Edson Borges, Jr, Daniel Franken, Natan Bar-Chama, Yoshiharu Morimoto, Kazuhisa Tomita, Vasan Satya Srini, Willem Ombelet, Elisabetta Baldi, Monica Muratori, Yasushi Yumura, Sandro La Vignera, Raghavender Kosgi, Marlon P. Martinez, Donald P. Evenson, Matheus Roque, Marcello Cocuzza, Marcelo Vieira, Assaf Ben-Meir, Raoul Orvieto, Eliahu Levitas, Amir Wiser, Mohamed Arafa, Vineet Malhotra, Sijo Joseph Parekattil, Haitham Elbardisi, Luiz Carvalho, Rima Dada, Christophe Sifer, Pankaj Talwar, Ahmet Gudeloglu, Ahmed M.A. Mahmoud, Khaled Terras, Chadi Yazbeck, Bojanic Nebojsa, Damayanthi Durairajanayagam, Ajina Mounir, Linda G. Kahn, Saradha Baskaran, Rishma Dhillon Pai, Donatella Paoli, Kristian Leisegang, Mohamed-Reza Moein, Sonia Malik, Onder Yaman, Luna Samanta, Fouad Bayane, Sunil K. Jindal, Muammer Kendirci Baris Altay, Dragoljub Perovic e Avi Harlev.
Quer saber mais?
A pesquisa foi integralmente publicada online, em língua inglesa, e pode ser acessada clicando neste link.
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