A Esclerose Múltipla
A esclerose múltipla é uma doença inflamatória crônica que gera lesões nos nervos que dificultam a comunicação do cérebro com o corpo.
Desde 2006, é celebrado, no dia 30 de agosto, o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla. A partir daí, foi criado o Agosto Laranja, tornando todo o mês dedicado à condição, promovendo maior visibilidade à doença e aos seus impactos na vida dos indivíduos acometidos e de seus familiares.
Conheça aqui um pouco mais sobre a esclerose múltipla.
O que é a esclerose múltipla?
Doença inflamatória crônica mais comum que acomete o sistema nervoso central (SNC), a esclerose múltipla (EM) afeta mais de dois milhões de pessoas em todo o mundo. É a causa mais frequente de incapacidade permanente em adultos jovens, após trauma, e, dessa forma, merece uma atenção especial.
A EM é uma doença heterogênea, ou seja, com características clínicas e patológicas variadas, sendo que cada paciente pode apresentar um quadro distinto. Ainda não se conhece bem o que causa a doença, mas os principais mecanismos que levam às manifestações clínicas são a desmielinização – lesões na bainha de mielina, uma camada de gordura que envolve as fibras nervosas do cérebro e da medula espinhal -, a inflamação e a degeneração dos axônios, que são a parte do neurônio responsável pela condução dos impulsos elétricos. A teoria mais aceita atualmente é que a EM está associada a alterações imunológicas.
Embora outras faixas etárias também possam ser acometidas, a EM é tipicamente diagnosticada entre 20 e 50 anos, sendo que a média de idade de início varia entre 28 e 31 anos, com maior frequência em mulheres.
Quais são os principais sintomas?
Não há um único sintoma ou sinal típico da EM. Devido ao processo inflamatório do SNC, os indivíduos acometidos podem apresentar diferentes manifestações neurológicas, que, na forma mais comum da doença, ocorrem em surtos, com recuperação parcial ou completa.
Os sintomas mais comuns são:
- Alteração na sensibilidade dos membros ou da face
- Alterações visuais que podem variar desde diplopia (visão dupla) até a perda visual
- Comprometimento motor ou fraqueza muscular
- Fadiga desproporcional às atividades
- Alteração da marcha e do equilíbrio
- Vertigem
- Alteração do controle esfincteriano urinário
- Dor
- Sensibilidade ao calor
- Sinal de Lhermitte – sensação de choque no dorso ou membros à flexão do pescoço
- Outros
Existem diferentes subtipos?
A EM apresenta quatro subtipos principais que, contudo, na maioria das vezes, não podem ser reconhecidos no início do quadro, mas somente ao longo do acompanhamento:
Existem fatores de risco para a doença?
Vários fatores genéticos e ambientais têm sido associados a maior chance de desenvolvimento de EM. Sabe-se, por exemplo, que pessoas com um parente de primeiro grau afetado têm 2% a 4% de risco de desenvolver a doença, comparativamente a 0,1% na população geral. Ademais, estudos em genômica já identificaram mais de 200 variantes genéticas que podem estar relacionadas à condição, embora nenhuma pareça influenciar o curso clínico da doença.
Já em relação aos fatores ambientais, a área geográfica parece ter algum papel, com maior incidência da EM em latitudes mais altas, coincidentes a climas temperados. Tal fato também pode estar relacionado a menor exposição ao sol e a níveis mais baixos de vitamina D.
Outras condições que parecem predispor a maior risco da doença são o tabagismo, história de obesidade na infância ou adolescência e infecções virais, a exemplo do vírus Epstein-Barr.
Como a EM é diagnosticada?
A história clínica detalhada e o exame físico minucioso feitos por um neurologista são as ferramentas mais importantes diante da suspeita do quadro. Já entre os recursos laboratoriais, a ressonância magnética (RM) é o exame de escolha para confirmação diagnóstica. A RM tem ainda papel importante no seguimento dos pacientes e na avaliação da resposta ao tratamento (veja boxe explicativo).
Quando a história clínica, o exame físico e a RM não são suficientes para o diagnóstico, outros testes podem ser úteis e auxiliar o raciocínio clínico, como a punção lombar para análise do líquido cefalorraquidiano – especialmente com pesquisa de bandas oligoclonais -, o potencial evocado, a tomografia de coerência óptica e a pesquisa de autoanticorpos, que auxilia em diagnósticos diferenciais.
A EM tem tratamento?
Muitos tipos de tratamento para a EM estão disponíveis e visam tanto reduzir a frequência dos surtos quanto diminuir o acúmulo de lesões focais e a progressão da doença. Vale ressaltar que o tratamento da EM deve ser sempre individualizado, pois são inúmeros os fatores que influenciam na escolha terapêutica.
Ademais, o seguimento multidisciplinar é importante para promover redução do impacto de sequelas e melhorará a qualidade de vida.
Converse sempre com o seu médico.
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