As inovações da área de geriatria
Diversas empresas têm desenvolvido tecnologias que visam melhorar a qualidade de vida e a saúde do indivíduo idoso.
Cada vez mais empresas da área da saúde se preocupam em oferecer aos indivíduos idosos uma qualidade de vida melhor. Conhecidas como Health Cares, elas buscam inovar e desenvolver produtos que possam enriquecer a vida daqueles que sofrem com problemas de saúde e precisam de reabilitação ou cuidados especiais. Utilizando tecnologias emergentes, como dispositivos e aplicativos, essas iniciativas devem movimentar o setor geriátrico nos próximos anos.
Tais dispositivos, além de constituírem um grande passo para a saúde geriátrica, são ainda exemplos do desenvolvimento tecnológico atual, justamente por usarem ferramentas como realidade Conheça, a seguir, algumas das principais inovações na área médica trazidas por Health Cares do mundo todo, com aplicações promissoras à saúde dos idosos:
Realidade virtual que alivia a solidão
A preocupação com a solidão do idoso é uma das principais pautas no que diz respeito aos cuidados geriátricos e a Rendever, uma start-up do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), vem buscando auxiliar na solução desse problema.
A partir do uso da realidade virtual, a empresa norte-americana criou uma experiência na qual os participantes podem escolher entre uma série de atividades para realizar. Dessa forma, a tecnologia é utilizada em prol do bem estar dos idosos, aliviando os sentimentos de solidão. Entre as atividades, estão opções como viagens para outros países e até mesmo para o espaço (um projeto criado em conjunto com a NASA). Através do dispositivo, o idoso pode, ainda, compartilhar vídeos e fotos.
Atualmente, a Rendever tem estudado como a realidade virtual tem impactado o bem-estar e a qualidade de vida dos indivíduos que utilizam o dispositivo.
Robô terapêutico
Outras iniciativas que visam diminuir a solidão do idoso incluem o uso de robôs e inteligências artificiais na criação de plataformas que incentivam o diálogo. Um desses robôs é o Paro, uma pequena foca robótica que busca estimular a função cognitiva, social e emocional. O dispositivo possui um corpo móvel e sensores que respondem ao toque e à voz, permitindo que o Paro se adapte ao comportamento de cada pessoa.
A proposta terapêutica do Paro está relacionada à pet-terapia, uma forma de abordagem com base no contato com animais, e tem benefício especialmente para pessoas com quadros neuropsiquiátricos graças ao seu estímulo social e cognitivo.
Tratamento a distância
Novos dispositivos já permitem que idosos possam ter contato com os seus médicos e tenham acesso a tratamentos diversos sem a necessidade de sair de suas casas. O 1DocWay, por exemplo, é uma iniciativa que permite que pacientes entrem em contato com médicos em um ambiente virtual e solucionem dúvidas quando necessário. Ele não foi criado exclusivamente para idosos, mas se mostra uma ferramenta auxiliar no acompanhamento de condições relacionadas à idade.
O AbleTO, por sua vez, é uma plataforma que permite que idosos com depressão tenham acesso remoto, pelo celular ou pela internet, a programas de saúde que auxiliam no tratamento da doença. Além desse, podemos citar também o GeriJoy, utilizado no combate à solidão e outros quadros associados à saúde mental. Usando um avatar com inteligência artificial ou uma interface com cuidadores a distância , o idoso pode conversar, ficar por dentro das notícias do mundo e da família, entre outras funcionalidades.
O controle dos medicamentos do idoso também pode ser feito online com o GenieMD. Trata-se de uma plataforma na nuvem que ajuda o paciente a criar um planejamento das medicações que precisa tomar, atividades que deve realizar e ainda auxilia a controlar seus sinais vitais.
O objetivo é ensinar
Uma escola de inglês de São Paulo resolveu promover o desenvolvimento social de idosos americanos através de um programa no qual esses indivíduos ensinam inglês para jovens alunos da capital paulista.
Em parceria com uma casa de repouso de Chicago, a escola desenvolveu uma plataforma na qual os americanos gravam vídeos ensinando a língua inglesa e os enviam para os professores brasileiros que os repassam para os alunos.
O programa mostrou que ter um objetivo de vida, como ajudar os outros, tem um efeito positivo na saúde mental e física do paciente idoso, pois permite o florescimento de conexões que transcendem a idade.
Dispositivos que aumentam a independência funcional
Durante o envelhecimento podem ocorrer doenças neurológicas que têm o potencial de trazer limitações físicas, mas a tecnologia vem permitindo que esses indivíduos aumentem seu grau de independência funcional. Pessoas que sofrem com doença de Parkinson, esclerose múltipla ou qualquer outra condição que cursa com tremores e limitação de movimentos, podem, por exemplo, se alimentar naturalmente com a ajuda de dispositivos desenvolvidos pela Liftware.
A empresa desenvolveu talheres específicos para pessoas com problemas de movimentação, que possuem sensores que compensam a mão trêmula e permitem um movimento mais natural no manuseio de alimentos. Dessa forma, o paciente não precisa de ajuda para realizar tarefas do seu dia a dia.
Em relação a limitações neurológicas ou neuropsiquiátricas, a Universidade Estadual de Washington desenvolveu um robô que busca ajudar idosos com algum grau de demência a viverem de forma mais independente em seus próprios domicílios. Chamado RAS, o sistema do robô consegue determinar onde a pessoa está localizada dentro de casa e se precisa ou não de assistência em determinadas atividades.
O RAS possui uma câmera que mapeia todo o ambiente de uma residência. Através de uma tela, o dispositivo fornece instruções ao indivíduo de como realizar uma tarefa. A tecnologia é tão benéfica, que pode levar seus usuários a locais para tomar remédios ou se alimentarem, por exemplo.
Facilitando a reabilitação do idoso
A tecnologia já tem sido utilizada na recuperação de idosos e outros pacientes que sofrem com sequelas de um pós-AVC. Um professor do Departamento de Medicina Física e Reabilitação do Hospital Henri Mondor em Paris desenvolveu o i-GSC, um aplicativo de autorreabilitação guiada. Na plataforma do i-GSC, são propostas técnicas e exercícios de alongamento e treinos ativos, que podem ser feitos em casa e sem a necessidade de equipamentos mais sofisticados ao paciente.
Estudos da UFSCar, por sua vez, buscam estimular a reabilitação neuromuscular através de jogos virtuais com realidade aumentada. O objetivo é promover o desenvolvimento da atividade motora e cognitiva e potencializar tratamentos e treinamentos que unem saúde e esporte. Esse projeto permitiu a criação de três aplicativos com opções de jogos distintos que proporcionam a interação do usuário com ambientes virtuais a partir do toque e assim auxiliam na reabilitação mais ágil.
Entretanto, apesar de inovadoras, vale ressaltar que nem todas as tecnologias de reabilitação tiveram resultados comprovados e que é possível que novos dispositivos ainda mais eficientes surjam ao longo dos anos.
Vale lembrar que o uso de qualquer ferramenta relacionada à saúde deve ser compartilhado com o médico assistente.
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