Dia Mundial da Luta contra as Hepatites Virais: alerta para os riscos da doença silenciosa

No dia 28 de julho é comemorado o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais. A celebração objetiva a criação de políticas públicas para o aumento da conscientização da população sobre a doença. As hepatites virais – tipos A, B e C, mais comuns no Brasil – são causadas por contaminação por vírus. Segundo o Ministério da Saúde, 70.671 brasileiros morreram de 2000 a 2017 de causas associadas à hepatite.

O que são hepatites?

Trata-se de doenças que se caracterizam por um processo inflamatório no fígado, podendo ser de caráter infeccioso ou não. A saber, as hepatites infecciosas, causadas por vírus, acometem preferencialmente o fígado, sendo classificadas em hepatites A, B, C, D e E.

A transmissão das Hepatites B, C e D se dá por via parenteral. Transfusão de sangue, compartilhamento de instrumentos pérfuro-cortantes contaminados (instrumentos cirúrgicos, seringas, agulhas, entre outros) e relação sexual são meios de contaminação destes tipos de hepatite. Já as Hepatites A e E são transmitidas pela ingestão de água ou alimentos contaminados pelos vírus eliminados nas fezes das pessoas doentes.

Fatores de risco

Estão relacionados aos agentes causadores da doença, dentre eles podemos destacar:

• Compartilhar escovas de dentes;
• Não usar material de proteção individual ao lidar com produtos biológicos;
• Não receber as vacinas contra as hepatites a e b se houver indicação;
• Consumo de água e alimentos contaminados;
• Sexo desprotegido;
• Compartilhar agulhas para uso de drogas injetáveis;
• Uso de material cirúrgico contaminado e não-descartável;
• Compartilhar lâminas (cuidado em sessões de depilação ou tatuagem, manicure e barbearia).

Sintomas das hepatites virais

Muitas vezes a doença não apresenta sintomas claros, mas existem sinais que podem indicar o surgimento da doença. Os sintomas incluem olhos amarelados febre, mal-estar, náusea, vômito, dor abdominal e olhos amarelados. Em casos raros, o vírus pode causar uma hepatite fulminante, com comprometimento severo do fígado, podendo levar a óbito.

Hepatites B e C X Câncer de Fígado

Hepatites B e C não tratadas aumentam risco de câncer de fígado, tanto por uma ação direta do vírus, como porque elas podem evoluir para cirrose. De acordo com o Ministério da Saúde, 500 mil habitantes podem estar infectados atualmente pelo vírus do tipo C, responsável por 76% dos óbitos.
Diagnóstico e Tratamento das Hepatites Virais

Geralmente, exames de sangue investigam a presença do vírus, sendo o diagnóstico realizado mediante técnicas que pesquisam anticorpos contra os vírus (IgG e IgM). Contudo, testes moleculares (PCR), que pesquisam no sangue o material genético do vírus, podem ser recomendados em alguns casos.

A saber, cada tipo de hepatite requer um tratamento apropriado. No caso da hepatite A, não requer a prescrição de medicamentos específicos. Medidas são adotadas com o objetivo de aliviar os sintomas. No entanto, as hepatites B e C geralmente são tratadas com medicamentos antivirais adequados a cada um dos vírus.