Fevereiro Roxo
No mês de fevereiro, três doenças ganham destaque com a campanha intitulada: Fevereiro Roxo – Alzheimer, Lúpus e Fibromialgia – doenças que apresentam como similaridade, o fato de serem incuráveis. Embora sejam doenças que, aparentemente, não têm muito em comum: as três são incuráveis. “Se não houver cura que, no mínimo, haja conforto” é o lema da campanha, que surgiu em 2014, na cidade de Uberlândia, em Minas Gerais.
Ainda não se sabe, ao certo, quais as causas, mas, estudos indicam que as doenças podem acontecer devido a uma combinação de fatores hormonais, infecciosos, genéticos e ambientais. É importante destacar que quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de resposta ao tratamento dos sintomas associados às doenças, aumentando a qualidade de vida dos pacientes.
Vamos conhecer um pouco de cada uma delas:
ALZHEIMER
Descoberta em 1906, o Alzheimer geralmente se manifesta a partir dos 60 anos de idade e provoca perda da capacidade cognitiva, da memória e demência. A causa é desconhecida e acredita-se que seja geneticamente determinada em 10% dos casos. Incurável, a doença destrói as funções do cérebro e possui 3 fases: leve, moderada e grave.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Alzheimer afeta cerca de 35,6 milhões de pessoas em todo o mundo – número que deve dobrar em 2030. Já o cálculo da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz) é de que 1,2 milhões de brasileiros já sofram os efeitos da neurodegeneração.
A doença inicia quando o processamento de certas proteínas do sistema nervoso central começa a dar errado. Segundo o Ministério da Saúde, o Alzheimer costuma evoluir de forma lenta e progressiva – a sobrevida média oscila entre 8 e 10 anos.
Tratamento
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece acompanhamento e tratamento para portadores do Alzheimer, inclusive com a entrega de medicação. Diante da suspeita da doença, o paciente deve procurar uma unidade básica de saúde (UBS). A partir daí, se for o caso, ele será encaminhado ao especialista.
Para prevenir o desenvolvimento da demência é fundamental seguir hábitos de vida saudáveis. Reforçando que eles precisam ser praticados ao longo da existência: como o controle de doenças prévias (hipertensão, diabetes, obesidade); combate ao sedentarismo, com a prática de atividade física regular; evitar o tabagismo; além de praticar atos para estimular a memória.
LÚPUS
Considerada uma doença inflamatória autoimune, o lúpus ocorre quando o próprio sistema imunológico ataca tecidos saudáveis do corpo por engano. O nome científico é “Lúpus Eritematoso Sistêmico” (LES) e pode afetar diversos órgãos e tecidos do corpo, como pele, articulações, rins e cérebro. Em casos mais severos, especialmente se não for tratado corretamente, pode levar à morte.
No Brasil, estimativas indicam que existam cerca de 65.000 pessoas com lúpus, sendo a maioria mulheres. Acredita-se assim que uma a cada 1.700 mulheres no Brasil tenha a doença. Mas, ela pode ocorrer em pessoas de qualquer idade e sexo, principalmente, entre 20 e 45 anos.
Geralmente, a pessoa descobre que tem lúpus após uma crise desencadeada por algum desses fatores: exposição à luz solar de forma inadequada e em horários inapropriados; infecções que podem iniciar o lúpus ou causar uma recaída da doença; uso de alguns antibióticos e de medicamentos usados para controlar convulsões e pressão alta.
Tratamento
O principal objetivo do tratamento é controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida das pessoas com a doença, já que ela não tem cura. Contudo, o prognóstico do lúpus está melhor atualmente. Com tratamento adequado, 80 a 90% das pessoas com lúpus podem viver uma vida normal.
O paciente pode procurar a unidade básica de saúde (UBS) mais próxima de sua residência. Caso confirmada, será dado um encaminhamento para consulta com reumatologista, ou mesmo para internação, caso necessário.
FIBROMIALGIA
Doença silenciosa que acomete 3% dos brasileiros, de acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR). Conhecida ainda como Síndrome Fibromiálgica é a segunda condição mais comum que afeta ossos e músculos, atrás apenas da artrite. As mulheres entre 30 a 50 anos correspondem a 90% dos casos.
De causa desconhecida, a doença é descrita como uma forma generalizada de reumatismo extra-articular não inflamatório. Estudos indicam anormalidades na recepção dos neurotransmissores, podendo ser devido a casos de estresses prolongados.
A maioria dos pacientes passa por muitos especialistas até descobrir ser portador da Fibromialgia. O estresse contínuo – inicialmente pela dificuldade em fechar o diagnóstico – aliada a dor difusa, a fadiga, o desânimo, além do sono não reparador são os primeiros sintomas, que são variados. Não existe qualquer alteração nos exames físicos e laboratoriais, o que torna mais difícil o diagnóstico. Outros sintomas podem ocorrer como: a cefaléia, formigamentos, distúrbios emocionais e psicológicos, sensibilidade durante a micção e a síndrome do cólon irritável.
Tratamento
A psicoterapia é necessária para lidar com a Fibromialgia, já que 20% dos pacientes sofrem de ansiedade ou depressão. Por debilitar tanto, a síndrome causa forte impacto social para os pacientes, que em casos mais severos precisam se afastar do trabalho ou escola por conta das dores.
Problemas emocionais como ansiedade e depressão podem se agravar gerando uma piora generalizada e uma mudança em todos os aspectos da vida do paciente. A depressão pode ainda aumentar a sensação de dor, a incapacidade e tornar a adesão ao tratamento ainda mais difícil.
Todo indivíduo acometido pela Fibromialgia obrigatoriamente deve praticar alguma modalidade de atividade física. Nos pacientes que apresentam sintomas em outros órgãos como o intestino (colón irritável), bexiga (cistite intersticial), cabeça (enxaqueca), às vezes há necessidade de avaliações e acompanhamento de médicos de outras especialidades.
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