O que é o glúten e a doença celíaca?
Sobre a Doença Celíaca (DC)
A DC é uma doença crônica do intestino delgado, de caráter autoimune, desencadeada pela exposição ao glúten (principal fração proteica presente no trigo, centeio e cevada), em indivíduos com predisposição genética (haplótipos HLA DQ2 e DQ8). De início mais frequente na infância na sua forma mais clássica, com diarreia e má absorção, pode porém passar desapercebida e apresentar sintomas atípicos em faixas etárias mais avançadas.
O quadro clínico dessa doença varia de acordo com a faixa etária: nas crianças predominam os sintomas intestinais (diarreia crônica, constipação, dor e distensão abdominal, perda de peso, parada no crescimento); na adolescência e na vida adulta predomina o quadro extra intestinal (anemia por deficiência de ferro refratária à reposição de ferro oral, redução da densidade mineral óssea, atraso puberal ou baixa estatura, infertilidade, história de aborto espontâneo e dermatite herpetiforme).
A dermatite herpetiforme, chamada de doença celíaca da pele, se caracteriza por lesões bolhosas na pele, que coçam muito e que se relacionam com a DC. As regiões mais afetadas do corpo são cotovelos, joelhos, nuca, couro cabeludo, parte superior das costas e nádegas.
Pacientes com Síndrome de Down, síndrome de Turner e síndrome de Williams também estão mais sujeitos à DC, bem como indivíduos com doença autoimune, como diabetes tipo 1 e tireoidite autoimune.
Em resumo, a doença celíaca resulta da interação entre fatores genéticos, imunológicos e ambientais (alimentos como trigo, centeio e cevada).
O glúten
O glúten é a principal fração proteica presente no trigo, centeio e cevada. Existem partes do glúten que são tóxicas e ocasionam lesão no intestino delgado nos indivíduos celíacos. Essas partes do glúten são denominadas de acordo com cada cereal: no trigo é a gliadina, na cevada é a hordeína, e no centeio é a secalina.
Diagnóstico
O diagnóstico da doença celíaca inclui a triagem com exames de sorologia, sendo o principal o anticorpo antitransglutaminase.
Os marcadores sorológicos são importantes para identificar indivíduos que deverão realizar biópsia de intestino delgado, considerada o padrão-ouro para o diagnóstico da doença celíaca.
Atualmente existe o teste genético para a DC, HLAA DQ2/DQ8. Entretanto, enquanto o teste genético negativo afasta a doença, quando positivo não faz o diagnóstico e são necessários outros exames, como os anticorpos.
Tratamento
Atualmente o único tratamento eficaz na DC é a exclusão total do glúten da dieta. Deve ser ressaltado que a instituição da dieta isenta de glúten só deve ser realizada após confirmação diagnóstica da DC e o acompanhamento do paciente com essa doença deve ser com médico especialista.
Confira às formas da Doença Celíaca:
São três as formas de apresentação clínica da DC, quais sejam: clássica ou típica, não clássica ou atípica e assintomática ou silenciosa.
Forma clássica (típica)
Sintomas: diarreia crônica, em geral acompanhada de distensão abdominal e perda de peso, inapetência, vômitos e anemia.
Forma não clássica (atípica)
Sintomas: geralmente as manifestações digestivas estão ausentes. Os pacientes podem apresentar baixa estatura; anemia por deficiência de ferro, folato e vitamina B12; osteoporose; entre outros.
Forma assintomática (silenciosa)
Sintomas: caracteriza-se com exames de sorologia e de biópsias da mucosa do intestino delgado compatíveis com doença celíaca, porém os indivíduos não apresentam sintomas clínicos. Ocorre com maior frequência entre parentes de primeiro grau de pacientes celíacos.
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