Quais são os tipos de câncer de pele e como saber quando procurar o médico?
O câncer de pele corresponde a 33% dos casos dessa doença no Brasil, sendo causado pelo crescimento anormal e descontrolado das células que a compõem.
O câncer de pele é o mais frequente no mundo e no Brasil e ocorre quando as células da pele se multiplicam sem controle.
No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra, a cada ano, cerca de 180 mil novos casos.
Dependendo do tipo celular afetado, o câncer de pele pode ser dividido em três tipos principais: carcinomas basocelular e espinocelular e o melanoma. O do tipo melanoma (forma mais grave do tumor) ocorre mais raramente e pode levar à morte. Já o não melanoma (tumor maligno com baixa taxa de mortalidade) é mais frequente em ambos os sexos e menos grave. O prognóstico de ambos é melhor, quanto mais cedo for realizado o diagnóstico.
Carcinoma Basocelular
Corresponde ao tipo mais prevalente dentre os cânceres de pele, cerca de 70% dos casos, tendo início nas células basais, localizadas na parte mais profunda da epiderme. É mais comum em regiões expostas ao sol, como rosto, orelha, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas, mas também pode ocorrer em áreas não expostas, embora mais raramente.
Manifesta-se como uma pápula com aspecto brilhante, vermelha, com crosta central e é uma lesão que pode sangrar com facilidade. Em certas situações, pode se assemelhar a outras doenças não cancerígenas, como eczema ou psoríase.
Carcinoma espinocelular
O carcinoma espinocelular é o segundo tipo mais comum e responde por cerca de 20 a 25% dos casos desse câncer. Acomete as células escamosas da pele e pode se desenvolver em qualquer parte do corpo, embora seja mais comum em áreas expostas ao sol. Ambos os carcinomas de pele podem ter outros fatores causadores, além do sol.
Em alguns casos, pode estar associado à feridas e cicatrizes crônicas, imunossupressão (como em pessoas que realizaram transplante e usam medicações imunossupressoras) e após exposição a outros tipos de radiação que não a solar.
Afeta principalmente os homens, manifestando-se como uma área áspera que vai se tornando saliente e pode formar uma ferida, que não cicatriza e que pode sangrar. É um pouco mais agressivo quando comparado ao carcinoma basocelular e pode evoluir para metástase.
Melanoma
O melanoma é o menos frequente dos três principais tipos, totalizando cerca de 4% dos casos da doença. Trata-se do tipo mais grave de câncer de pele, com pior prognóstico e maior índice de mortalidade.
O diagnóstico precoce no caso do melanoma é muito importante para o prognóstico, com uma chance de cura de 90% quando descoberto logo no início.
Esse tipo de câncer afeta os melanócitos (que produzem pigmento) e manifesta-se como uma pinta ou sinal acastanhado ou negro que muda de cor, formato ou de tamanho e pode causar sangramento. As lesões podem surgir em áreas menos visíveis, porém são mais comuns nas pernas (em mulheres), no tronco (nos homens), pescoço e cabeça (em ambos os sexos).
Nos estágios iniciais, afeta apenas a camada mais superficial da pele, mas pode avançar para as mais profundas e alcançar outros órgãos (metástase), causando nódulos, inchaço nos gânglios linfáticos ou outros sintomas específicos na região afetada.
No caso do melanoma, a hereditariedade é um fator importante, principalmente no caso de familiares de primeiro grau. Quem teve um familiar com melanoma deve fazer exames preventivos regularmente.
Fatores de risco do câncer de pele
– Cor da pele: pessoas de pele clara e que se queimam com facilidade têm maior risco de desenvolver a doença.
– Hereditariedade: a maior parte das mutações que levam ao câncer são adquiridas ao longo da vida, e não herdadas. Porém, familiares de pacientes diagnosticados com melanoma têm risco mais alto e devem fazer exames preventivos com maior regularidade.
– Exposição ao sol: exposição crônica aos raios ultravioleta (UV) está associada principalmente ao câncer de pele não melanoma, enquanto que indivíduos que tiveram queimaduras solares na infância são mais propensos ao melanoma.
– Idade: os efeitos da radiação são cumulativos, por isso, quanto maior idade, maior a tendência a ter lesões cancerosas.
– Bronzeamento artificial: as câmaras de bronzeamento artificial também fornecem radiação UV e seu uso pode levar ao melanoma, motivo pelo qual esses equipamentos foram proibidos para fins estéticos no Brasil desde 2009.
-Pessoas com múltiplos nevos (“pintas”, cicatrizes, feridas crônicas e imunossuprimidos devem estar atentos!).
Diagnóstico
Além da avaliação da história clínica do paciente, o dermatologista realiza o exame das lesões com um dermatoscópio (aparelho com luz que aumenta a imagem), podendo realizar a sua biópsia e análise anatomopatológica.
Qualquer ferida nova que não cicatriza e pintas suspeitas devem ser avaliadas por um dermatologista.
Para as pintas existe uma regra que auxilia na sua detecção – regra do ABCDE.
Regra do ABCDE
Assimetria
Assimétrico: maligno
Simétrico: benigno
Borda
Borda irregular: maligno
Borda regular: benigno
Cor
Dois tons ou mais: maligno
Tom único: benigno
Dimensão
Superior a 6 mm: provavelmente maligno
Inferior a 6 mm: provavelmente benigno
Evolução
Cresce e muda de cor: provavelmente maligno
Não cresce nem muda de cor: provavelmente benigno
Prevenção e tratamento
O câncer de pele deve ser diagnosticado e tratado precocemente, inclusive os de baixa letalidade.
A prevenção envolve a fotoproteção, como evitar a exposição solar entre 9 e 17h, utilizar chapéus de abas grandes, óculos escuros e protetores solares. Além disso, consulte um dermatologista ao menos uma vez ao ano para fazer um exame completo da pele e tenha o hábito de observar a própria pele, realizando o autoexame em busca de pintas ou manchas suspeitas.
Quanto ao tratamento, ele varia de acordo com o tipo e a extensão da doença, como cirurgia excisional, curetagem e eletrodissecção; criocirurgia; cirurgia a laser e a terapia fotodinâmica. Somente um médico especializado em câncer da pele pode avaliar e prescrever o tipo mais adequado de terapia.
As opções de tratamento têm evoluído nos casos de doenças metastáticas, visando o controle da doença, cujo diagnóstico precoce é o fundamental.
Alzheimer é uma das principais causas de demência no mundo, com cerca de 100 mil novos casos sendo...
VENCEDORES NA CATEGORIA DETECÇÃO DE PADRÕES 1º Lugas Huna Diagnóstico precoce de pré-eclampsia por modelos de Inteligência Artificial...
Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. A data de 03 de dezembro foi instituída pela Organização das Nações...