Saúde Ocular : Mapeamento de retina
Como muitas doenças sistêmicas podem se manifestar na retina, sua avaliação é um passo importante na investigação.
A retina tem uma importante função na visão, pois recebe a imagem e a transmite até ao cérebro através do nervo óptico. Muitas doenças oculares e doenças sistêmicas se manifestam na retina. O seu mapeamento também avalia o disco óptico (a porção mais anterior do nervo óptico, que envia informações ao cérebro) e os vasos sanguíneos.
A avaliação clínica da retina requer o exame de fundo de olho sob midríase ou dilatação de pupilas.
O oftalmologista realiza o mapeamento de retina com um oftalmoscópio indireto e lentes convergentes de 20 ou 28 dioptrias, podendo complementar com a biomicroscopia de fundo, que utiliza o biomicroscópio óptico (lâmpada de fenda) e lentes convergentes de 78 ou 90 dioptrias, para melhor avaliação da área macular e do disco óptico.
Quando há necessidade de registro fotográfico, é possível realizar a retinografia colorida que, embora não substitua o exame clínico, tem a utilidade no seguimento de alterações da retina ou do nervo óptico e de lesões intraoculares, e na análise comparativa.
Além da retinografia colorida, testes oftalmológicos complementares como de angiofluoresceinografia (estudo angiográfico dos vasos da retina com contraste fluoresceína sódica), indocianinografia (estudo angiográfico dos vasos da retina e coroide com o contraste indocianina verde) e tomografia de coerência óptica (ou OCT). Este exame realiza cortes tomográficos para uma avaliação qualitativa e quantitativa das camadas da retina e da coroide, além do disco óptico. A angiotomografia de coerência óptica e a ultrassonografia ocular também contribuem para a abordagem da retina na investigação de algumas doenças.
Os exames complementares não substituem um exame oftalmológico, mas adicionam outra camada de precisão.
A teleoftalmologia tem auxiliado na avaliação da retina em locais sem acesso ao médico, com dispositivos móveis adaptados para fotografia da retina e que permitem a transmissão de imagens para um centro de análise. Desta maneira, seria possível a triagem dos indivíduos que necessitariam do acesso a um médico oftalmologista, para complementação diagnóstica.
A inteligência artificial tem sido empregada com sucesso para auxiliar na detecção de mínimos pontos de microaneurismas, exsudatos duros, manchas algodonosas e hemorragias retinianas, que são achados iniciais da retinopatia diabética.
Quando está indicado realizar o mapeamento da retina:
– avaliação de doenças da retina e do vítreo, doenças vasculares e tumores intraoculares, mapeando sua posição e tamanho, além de permitir seu acompanhamento;
– classificação e acompanhamento da retinopatia diabética e hipertensiva;
– diagnóstico e acompanhamento da retinopatia da prematuridade;
– investigação de doenças da mácula (degeneração macular, problemas de retina em usuários de cloroquina ou tamoxifeno, doenças congênitas e maculopatia relacionada com a alta miopia);
– pré-operatório de cirurgia de catarata, transplante de córnea e outros;
– pós-operatório de cirurgia de catarata e transplante de córnea;
– diagnóstico e acompanhamento de condições como: uveítes, descolamento de retina, degeneração macular, miopia degenerativa, oclusões vasculares da retina, pré-eclâmpsia e eclâmpsia, anemia falciforme, lesões vasculares ou pigmentadas da coroide.
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